Meus livros

Desenvolvi o texto e o conceito de capas para a trilogia, sendo a capa do segundo livro, Cuspes & Perdigotos e o projeto gráfico de todos desenhada pelo premiado Raul Loureiro.

Abaixo, trechos que descrevem o conteúdo dos contos que podem ser adquiridos comigo.

Uma escrita atual, feminina, urbana, perturbadora. Uma leitura inevitável. Assim é ‘Cuspes & perdigotos’, da autora paulistana Mikha, segundo volume de contos da trilogia iniciada com ‘Formigas & rabanetes’, coletânea lançada em 2019. Na sequência, a narradora nos apresenta a internação involuntária de uma mulher que, conduzida pela necessidade de vasculhar sua consciência, e a alheia também, acaba por renunciar à “normalidade” para equilibrar-se entre o delírio e a sanidade.

Em seu laboratório pessoal, a autora nos apresenta santos e demônios, amores entre anjos apáticos, sibilos acorrentados, destroços de corpos de guerras perdidas, fracassos e amizades de sanatório. Ora oferece revelações instantâneas como polaroids, ora profundas tristezas como uma antiga fotografia de casamento perdida no mercado de pulgas. A leitura dos ácidos textos não requer ordem, mas nem por isso é desconexa. A loucura inerente do ser humano vai sendo alinhavada – ou suturada – como se as dores pudessem ser curadas. No caso de ‘Cuspes & perdigotos’, as feridas são fechadas a seco, sem anestesia.

“Entorpecidos já estamos todos nós. Escrevo, pois receio a paralisia”, explica Mikha. “Talvez numa tentativa inútil de organizar o caos que é essa vida que tanto tento controlar e que me foge, diariamente, pelas mãos. Só se faz precisa pelos dedos, no ato da escrita.”

A jornalista e escritora Regina Valadares alerta no prefáci de “Cuspes & Perdigotos”: “Não pense você que encontrará frufrus e florzinhas nas quinze histórias que essa autora enfileira diante de nossos olhos extasiados. Cuspes & perdigotos é o que ela nos promete e cumpre. Sempre em primeira pessoa, sempre sem negar o protagonismo de seus atos, Mikha narra episódios fortes com uma lucidez desconcertante.”

Formigas & rabanetes: livro 1 da trilogia

“Difícil passar ileso por esses 14 relatos que compõem o “Formigas e rabanetes”, da queridíssima e afiada Mikha.
O sarcasmo, a loucura, a pulsão em direção a algo que não seja uma vida medíocre, a não submissão a qualquer Jesus de motel, tudo isso passa pelo liquidificador criativo da Mikha, que preenche o estofo de sua personagem com um senso crítico agudo e feroz, seja afundando o pé por estradas californianas ou cravando unhas em calabouços acolchoados de instituições psiquiátricas.
Ela havia me dito dava para devorar seu livro em uma sentada, ledo engano, quase fiquei como o homem convulso do conto 192.
Recomendo aos que não tem medo do sarcasmo e da hipocrisia.”

Crítica do escritor de “Horses”, Agnaldo Nascimento

I developed the text and the concept for the trilogy’s covers, with the second book’s cover, Cuspes & Perdigotos, and the graphic design for all of them created by the award-winning Raul Loureiro.

Below, excerpts that describe the content of the short stories, which can be acquired directly from me.

A contemporary, feminine, urban, and unsettling writing. An inevitable reading. Such is Cuspes & Perdigotos, by the São Paulo–born author Mikha, the second short story collection in the trilogy that began with Formigas & Rabanetes, published in 2019. In this sequence, the narrator presents us with the involuntary commitment of a woman who, compelled by the need to dig through her own conscience—and that of others as well—ends up renouncing “normality” in order to balance herself between delirium and sanity.

In her personal laboratory, the author presents saints and demons, loves between apathetic angels, chained whispers, wreckage of bodies from lost wars, failures, and friendships in a sanatorium. At times she offers instant revelations like Polaroids, at others, profound sadness like an old wedding photograph lost at a flea market. Reading these acid texts requires no particular order, and yet they are not disjointed. The inherent madness of being human is stitched—or sutured—together, as though pains could be healed. In the case of Cuspes & Perdigotos, the wounds are closed raw, without anesthesia.

“We are all already numb. I write because I fear paralysis,” explains Mikha. “Perhaps in a futile attempt to organize the chaos that is this life I strive so hard to control and that slips away from me daily, through my hands. It only becomes precise through my fingers, in the act of writing.”

Journalist and writer Regina Valadares warns in the preface to Cuspes & Perdigotos: “Do not think you will find frills and flowers in the fifteen stories this author lines up before our dazzled eyes. Cuspes & Perdigotos is exactly what she promises and delivers. Always in the first person, never denying the protagonism of her acts, Mikha narrates powerful episodes with a disconcerting lucidity.”

Formigas & Rabanetes: Book 1 of the Trilogy
“It’s hard to come out unscathed from the 14 stories that make up Formigas & Rabanetes, by the sharp and dear Mikha.
The sarcasm, the madness, the drive toward something beyond a mediocre life, the refusal to submit to any motel-Jesus—all of this runs through Mikha’s creative blender, filling her character’s core with a fierce and acute critical sense, whether stomping along Californian highways or digging her nails into padded cells of psychiatric institutions.
She once told me her book could be devoured in a single sitting. Wishful thinking—I almost ended up like the convulsing man in the story 192.
I recommend it to those unafraid of sarcasm and hypocrisy.”
— Critique by Agnaldo Nascimento, author of Horses